segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sarajevo:O último assédio. 1992-2008

©Gervasio Sánchez

Para muitos historiadores, o século XX terminou en 1992, em Sarajevo, quando a barbárie, em forma de limpeza étnica, voltou ao coração da Europa. É um momento chave do nosso tempo a que nunca regressaremos suficientes vezes. Gervasio Sánchez é um repórter persistente: o seu trabalho sobre as vítimas das minas anti-pessoais, pelo qual recebeu o último Prémio Ortega e Gasset, prolongou-se ao longo de anos. Foi o fotojornalista espanhol que mais tempo passou em Sarajevo durante a guerra (1992-1995).

"Ali aprendi que a guerra não se pode contar", escreve Sánchez no prólogo do livro que acompanha a exposição Sarajevo:O último assédio. 1992-2008. "Por muito que apures o bolígrafo, aguces o engenho ou encontres a realidade, nunca conseguirás que o leitor entenda a verdade de um conflito armado. O horror é inimaginável para quem não o viveu", prossegue. Sem dúvida, o seu trabalho em Sarajevo mostra-nos como a guerra deixa nas pessoas feridas que nunca se curam, mas também porque nos ensina que as cidades, os seres humanos, são capazes de sobreviver ao mal. O livro de Gervásio Sánchez é uma obra que vai muito mais para além da Bósnia, é um trabalho que se abre a todas as guerras, a todas as mortes.

Sarajevo:O último assédio. 1992-2008 estará patente no Centro de História de Saragoça, até ao dia 29 de Março de 2008

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